Palavras…

Vi uma foto no blog da Gisele Teixeira (Aquí me Quedo) que engatilhou todas as minhas engrenagens existenciais: “the best things in life aren´t things”. Que poder de síntese. As melhores coisas na vida não são coisas… Eu sempre tive uma briga muito grande com as minhas ambições capitalistas e os meus desejos e anseios pessoais. Parece que passamos a maior parte do tempo pensando em como conseguir comprar aquilo que não precisamos. Trabalhamos demais para juntar o dinheiro suficiente para comprar o que na realidade não é tão necessário assim. Ou é? Veja o exemplo da fotografia… Hoje o bom fotógrafo é aquele que ostenta o maior número de megapixels… Ora, a fotografia não é algo mecânico, é algo simbólico! As melhores fotos são aquelas geradas pela alma, pela lágrima, pelo sorriso e não por sensores eletrônicos de última geração. But… eu admito que sempre quis uma câmera boa e sempre penso em comprar um modelo melhor… Santa confusão! Como encontrar um equilíbrio entre as contas a pagar e as emoções a sentir? Como acumular aventuras e lembranças sem se preocupar em acumular financiamentos e responsabilidades… Como Ser sem Ter? Este parece ser o nosso maior desafio em um mundo cada vez mais atraente e cheio de possibilidades… Se eu pensar demais eu desisto de construir um futuro tranquilo e uma aposentadoria financeiramente segura e me mudo para Buenos Aires para me tornar fotógrafo de verdade. Afinal, já dizia o filósofo Lennon, a vida é o que acontece enquanto estamos ocupados fazendo planos…

2017-09-06T16:26:36+00:00

6 Comments

  1. Anônimo 2 de novembro de 2009 at 23:50

    Oi Marco, agora já estamos devidamente apresentados e linkados e nos espiando de vez em quando! Também gostei muito do teu blog.

    Quanto a fotografia, te digo uma coisa, fotografia é olho e não pixel. Tenho uma camara boa, mas acho que me decepciono mais do que quando tinha uma mais simples. O povo vai complicando a vida da gente, enchendo de botoes que nao sabemos usar. O melhor sempre é simplificar…principalmente na vida.

    Desde que mudei para Buenos Aires, por exemplo, não uso mais carro. Faço tudo a pé, as vezes de onibus e à noite de taxi. Sabe que foi uma libertação? Nunca mais flanelinha, nunca mais busca de vaga, nunca mais IPVA, seguro, multas, Detran.

    Sei que isso nao vale para todos os lugares, claro. Mas foi um gesto que mudou muito a minha vida. Observo mais as coisas…

    Beijo grande.
    Gisele Teixeira

  2. Marco Cavalheiro 3 de novembro de 2009 at 09:24

    Oi Gisele! Obrigado pela visita! Concordo contigo, a simplicidade é tudo!! Abraço!!

  3. Lulu 12 de novembro de 2009 at 20:40

    Oi Marco! Obrigada pela visitinha, viu?
    Pode por um link sim. Vou aproveitar e colocar seu blog nos meus também.

    A propósito, adorei o post dos supermercados!!! Vou morar ao lado de um COTO e já fui dar uma espiadinha. Hahahaha!!!
    Um abração!!!!

  4. Marco Cavalheiro 12 de novembro de 2009 at 21:09

    Oi Lulu! Ah, o Coto… Obrigado pela visita também! Vou passar lá no teu blog com frequência!! Abraço

  5. debubuianabubuia 26 de novembro de 2009 at 14:43

    Eita…disse tudo.

    Eu senti que tinha escrito isso, os dilemas da vida e da alma.

    Beijos.

  6. Oi Mari! Ah, os dilemas… sem eles que graça teria a vida? 🙂 Obrigado pela vistita!

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